Vodunnon: Sacerdote do culto ao Vodun.
Toy Vodunnon: Sacerdote dos cultos de Mina Jeje (Tambor de Mina)
Nochê: Sacerdotisa dos cultos de Mina Jeje (Tambor de Mina)
Hundeva (rundêvá) – sacerdote responsável pelas cerimônias de nahunos (iniciação).
Grafa-se: Hùndévà.
Bakonnon: Sacerdote de Fá, adivinhador.
Hùngbónò: Sacerdote do culto ao Vodun, preferencialmente aquele cujo Vodun é um Nagô. Pode designar o filho mais velho de uma casa de santo, neste caso segue o feminino Hùngbòna.
Gaiaku: Título sacerdotal, designa a pessoa cujo Vodun é um Nagô e/ou que tenha iniciado pelo menos um filho para um Vodun Nagô. No Sejá Hundê é o título de todas as sacerdotisas.
Doné: Título dado às sacerdotisas cujo Vodun pertence à familia de Hevioso e/ou que tenha iniciado pelo menos um filho para um Vodun desta família. No Bogun é o título de todas as sacerdotisas. Grafa-se: Donὲ, em fongbé.
Doté: Título dado aos sacerdotes cujo Vodun pertence à familia de Hevioso e/ou que tenha iniciado pelo menos um filho para um Vodun desta família. Grafa-se: Dotὲ, em fongbé.
Megitó: Título sacerdotal, designa a pessoa cujo Vodun pertence à família de Dan e/ou que tenha iniciado pelo menos um filho para um Vodun desta família. Alguns definem que todo(a) sacerdote(a) que tenha iniciado filhos pode ser denominado Megitó. Grafa-se: Mεjitɔ́, em fongbé.
Obs: Uma mesma pessoa pode usar os vários títulos, por exemplo, um mesmo sacerdote será Doté para seus filhos iniciados para Hevioso e Megitó para seus filhos iniciados para Dan, embora prevaleça o título cabível para seu Vodun.
Rodantes:
Vodunsi: filha ou filho de santo que vira com o Vodun, corresponde a Iyawô do Ketu.
Etemi: significa “meu mais velho”, é a vodunsi que completou 7 anos de feitura, o mesmo que egbomi no Ketu.
Hunsó (runsó): mãe pequena. Grafa-se: Hùnsɔ̀. (pronuncia: Runsó)
Se grafarmos Hùnsò (pronuncia: Runsô) Teremos a tradução: Hùn = Vodún + Sò = Raio. Ou seja, diríamos Vodún do Raio. Um adjetivo para o vodún Sògbò.
Dehe (deré): vodunsi responsável por todos os atins mágicos usados nos rituais. Grafa-se: Dεlὲ. (pronuncia: Deré) * No Fongbé a letra “L” tem som de “R”.
Dehe-vitu (deré vitu): cargo que substitui a mãe-pequena. Grafa-se: Dεlὲ vitù.
Abose (abôssé): Responsável pelos carregos e segurança da casa, normalmente é dado a um filho de Gu, pois o vodum também toma cargo.
Ekedjis:
Gonzegan: Ekedji responsável pelo Grá.
Dogan (dôgan): pessoa responsável pela comida dos voduns. Esse cargo pode ser ocupado tanto por uma ekedji como por um vodunsi.
Nandevó: Ekeji responsável pelas roupas utilizadas pelos voduns, geralmente são pertencentes ao vodun Lissá.
Nandokpé: Responsável pela limpeza dos assentamentos e pedras dos
voduns. (Não confundir com Nadopé - despedida dos voduns jeje-mina).
Ogãs:
Pegigan: Responsável por todos os pejis da casa, é quem sacrifica os animais de 4 pata. Grafa-se: Kpεjígán. Significa: Kpεjí = sobre o altar + Gán = senhor. Trazendo a idéia de ”Senhor que zela o altar”. Ou ainda: Kpεn = pedra + Jí = verbo gerar + Gán = senhor. Trazendo idéia de “O senhor que gera (ou dá a vida) à pedra”.
Bagigan: Ogam responsável pelas folhas. Grafa-se como: Agbajìgán. Agbajì = pátio + Gán = senhor. Ou seja: o senhor que cuida ou zela do pátio, que por coincidência é onde estão plantadas as folhas.
Gaimpê: É responsável pelo suporte nas funções de iniciação e pode também ser o “separador de cabeças”. O que imola os animais ritualisticamente. Acompanha a mãe ou pai de santo em todos os rituais de preparação de um barco.
Gankutó: Responsável pelo Gã, instrumento de metal que tem a mesma importância que os atabaques. É utilizado em todas as cerimônias. É o Gankutó quem entoa os cânticos em todas as funções da Casa. “O malvado que nos faz dançar”
Sojatin: Responsável pelos cuidados específicos dos Atinsas – as árvores sagradas. Pode também ser o conhecedor das folhas.
Abasa (abassá): Responsável pela sala (barracão). Todos os preceitos de sala são feitos por ele. Cabe também a ele receber e acomodar as visitas. Grafa-se: Agbásà. Significa: pátio ou área externa. O ‘Gàn’ (senhor) que realiza esta atribuição é o Agbásàgán. Na língua Fongbé se utiliza a forma ‘Gán’. Possivelmente a palavra Ogan foi assimilada no Brasil da língua Anágò que grafa: Ògá. E que faz alusão ao mesmo cargo.
Hun to (rum tó): dono do tambor. Responsável pelos atabaques, cantigas e rezas. Grafa-se: Gánhǔntɔ́. (pronuncia: Gan run tó) Vale lembrar que Hǔn significa: tambor largo e Tɔ́ significa: proprietário. Considerando que Gán=senhor, temos: “O senhor proprietário do tambor”.
Rundevá, Rundeví, Seneví : Títulos dados em hierarquia para os ogans tocadores de atabaque (Rum, Rumpi, Lé).
kajèkaji: neófito, não iniciado, o mesmo que abiã no Ketu.